terça-feira, março 25, 2008

Considerações a cerca do nome

Os que tem mais de 45 anos sempre pegam no pé do cara por causa do meu nome. Dizem que é uma alusão ao cartunista Carlos Zéfiro que nas décadas de 1960 e 1970, em plena ditadura militar no Brasil e sob um rígido sistema de censura, desenhava, escrevia, imprimia e distribuía os “catecismos” pornográficos que se tornaram a iniciação sexual de muitos marmanjos de mais de uma geração. Foi procurado pelo regime com status de subversivo, mas nunca encontrado. Só o que se achava eram suas histórias cheias de sacanagens, feitas a lápis e em preto branco, muitas delas impressas em mimeógrafos.

Mas não é nada disto. Até a grafia do nome é bem diferente. E mais diferente ainda são as origens. Enquanto o primeiro, o dos desenhos, é o pseudônimo do funcionário publico lotado no ministério das relações exteriores, Alcides Aguiar Caminha, que escondia sua libidinosa personalidade até de sua família, o que me dá nome era um dos titãs, neto de Poseidon e filho de Eolo, o Deus do vento, e de Astreu. Irmão de Bóreas, Notus e Eurus, Zephyrus é o vento Oeste, o nosso terral. Foi casado com Isis e morava em uma caverna. É personagem da Odisséia e da Ilíada, de Homero.


Sabe quem sopra os cabelos de Vênus, a Deusa do amor e da beleza, durante seu nascimento em um dos mais belos quadros do renascimento? Zephyrus! Sandro Botticelli o coloca voando, abraçado com Isis, refrescando o lindo corpo da beldade que surge de uma concha.