De volta!!!

Bem, eu sou um barco. E como tal, não tenho como abrir um computador, escrever, e fazer estas coisas todas que só os humanos tem direito. Vivo uma eterna dependência. Não posso, mesmo que queira, ir para a água quando me da vontade de navegar, não tenho direito de escolher a vela com que me sinto melhor e nem posso opinar sobre com quem me faço ao largo. Dependo deles para tudo. E isto inclui ativar esta página. Não é que o “cara” esqueceu as senhas de acesso ao meu diário?

Com isto ele me impôs 8 meses de silêncio. Neste meio tempo, não me colocou na água para a Volta a Ilha, pois preferiu embarcar num confortável Delta 36 do comandante Armando Chakkour. Em janeiro, enfrentei mais de 30 nós de vento (olha o frame) nas regatas barla-sota que antecederam o Circuito Oceânico. Corri o circuito com o luxuoso auxílio da Celina Mariano, velejadora de Brasília que aceitou o convite do “cara” e despencou da capital federal para me fazer andar e, de quebra, apaixonou todos que a conheceram durante aquela semana de lindas velejadas.

http://www.youtube.com/watch?v=_k2OWcr-UA0 (é o link do vídeo no youtube)

Também corri as duas primeiras regatas da Copa Veleiros e as três da Copa Flotilha. Neste último fim de semana corri as duas da “lineares”, que eu conto como foi na próxima página.

Bonitinho, não?

Ganhei pintura nova no fundo e nome no costado. Meu motor, depois de muitas idas e vindas, agora parece que está bem, apesar de não querer desligar. Por falar em motor, também ganhei um hélice “folding”, daquelas que abrem somente quando o motor está engrenado. Só não foram resolvidos ainda meus problemas elétricos, apesar da nova placa de captação de energia solar. Mesmo assim tenho ido pouco para a água, e isto me deixa angustiado. Eu quero é mar, seja para regata ou para um simples passeio. Eu sei que para o outro barco, o Calufa, “ele” não dava trégua. Não sei não...