quarta-feira, abril 09, 2008

VENCI!!!!!!!!!

Um monte de coisas ruins que aconteceram fora da raia acabou com a concentração do meu comandante quando da Regata Fortalezas e ele desistiu. Eu não entendo muito destas coisas de sentimentos humanos, mas a conversa a bordo – e principalmente os longos silêncios – transformou o excelente mar daquela tarde num oceano desencontrado sob meu casco. Quando chegamos ao norte do Ratones Grande o “cara” perguntou aos tripulantes, Gabriela e Brandão, se eles aceitariam desistir da regata. É lógico que não perguntou nada pra mim, mas até eu aceitaria. Fizemos um retorno em outro clima, mais tranqüilo e recheado de conversas amenas.

A "tchurma" na largada, em foto da Kriz Sanz

Mas a de agora foi diferente: VENCI! É, ganhei a Regata Família Gondin. Cheguei na raia atrasado, rebocado pelo colega Vento Solar, já que o “cara” me colocou na água com gasolina suficiente somente para chegar até embaixo da Ponte Pedro Ivo. Isto sem falar que fui um dos últimos a deixar o pátio. Quando a juria iniciou os procedimentos de largada eu ainda estava longe da linha. Me largaram do Vento Solar, levantaram a gênoa e larguei 4 minutos depois do sinal de partida. A maior parte da flotilha estava junto da CR e eu entrei na raia colado na bóia, quase no meio do canal e em último lugar. Os caras colocaram a minha proa diretamente em direção aos Ratones e em poucos minutos passei o Alforria e o Maikee XX, que também escolheram partir por fora. Confesso que a visão dos barcos saindo juntos lá perto do barco da CR me deu uma certa inveja de não estar com eles.

Mas logo vi que eu estava andando bem. Foi quando parte dos de lá arribavam em direção ao rumo que eu seguia, mas não conseguiam se afastar de mim. Aos poucos, devagar, fui alcançando e deixando o Bom Abrigo. Na proa o Tinguá, um Skipper 30 novinho, também não se afastava de mim. Os caras regularam as velas para dar mais velocidade, por vezes desprezando a orça, os da frente cresciam, os de traz diminuíam de tamanho e muitos dos que estavam ao lado permitiam que a paisagem se descortinasse a frente de suas genoas.

A bordo, Fabrício, Tina, João e o “cara” caçavam o vento, se agarravam nas rajadas, ajeitavam minhas velas a todo instante. Lá pelas tantas eu estava ao lado do Taura, um colega com mais de 40 pés, me afastando do Tinguá e velejando na mesma velocidade do Best Felow, mais um Skiper zerado. Ali na frente, bem próximo de mim, o Sciroco e o Revanche, dois ORC Club que andam na ponta das regatas. Os da minha classe, a RGS B, eu não sabia onde andavam. O Travessia eu havia visto no começo da regata, no meio dos que largaram na CR e achava que estava no bloco dos que escolheram passar pelo Ilha dos Guarás. O Açores devia estar no grupo ali da frente. Pouco antes das ilhas dos Ratones foram contados dez barcos pela proa e 15 pela popa. Para quem largou por último e normalmente não sai de lá, .... (continua, pelo menos é esta a promessa).

1 Comments:

At 9:07 AM, Blogger Fab said...

Continue! Agora vem a melhor parte!

E PARABÉNS!!

 

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