O jogo dos sete erros
Um dos pegas com o Ilusões, em foto da Kriz Sanz
Inventaram uma competição fenomenal que foi corrida num destes domingos que já passaram. Chamaram de meia-milha de arrancada e consistia em sete regatas curtíssimas, com largadas em contra vento e em popa, com todo mundo largando junto. Todo mundo, não, né? Contando comigo, era somente meia dúzia de barcos para as sete largadas das sete regatas.
Fiquei ansioso para participar. Já pensou? Uma largada atrás da outra, pouco tempo para me prepararem entre uma chegada e a próxima largada? Adrenalina pura. Bem, mais ou menos...
A primeira regata, com largada em contra vento, linha curta, parti por cima dos panos do Mandinga, espremido entre o lépido NEO 25 e o barco da Comissão de Regatas. Por contáveis segundos (uns 12), genoa caçada até o talo, grande no ponto, naveguei ao lado do barco do Capitão da Flotilha. Em seguida ele ganhou velocidade e me deixou somente com um gostinho de ter feito uma boa largada. Na popa a turma vinha pra cima, e maiores ou mais modernos, cruzei a linha de chegada em quarto lugar, na frente do Ulalah e do Ilusões. O Ulalah é um Delta 36, grande pra caramba, e o Ilusões é um Velamar 22, menor que eu, mas com quem eu tenho umas contas pra acertar. Ele é igualzinho ao Calufa, que o cara tinha antes de mim, e eu lembro de todas as vezes que ele gritou “saudades do Calufa” por não saber me fazer andar. Bem, a primeira eu ganhei.
Na segunda regata, largada em popa, só confusão. Ô turminha braba. Muita atrapalhação na proa. Apesar de o convés estar limpo, sem a genoa, não se acertaram com as amarras das escoltas do balão. Primeiro foi a de sotavento que soltou e depois o pau ficou pelo lado errado. O “cara” largou o leme, assumiu a proa e quando comecei a andar direito, não dava mais tempo para alcançar a flotilha e terminei num lamentável último lugar. O Ilusões em terceiro.
A terceira largada, contra-vento, larguei no meio da turma. Barcos enormes me deixavam sem a menor condição de navegar com vento limpo. Decidem dar um bordo para a direita, mas ali tinha menos vento e o rumo também não era dos melhores. Escolhas, ah, escolhas... Estes humanos... Sempre escolhendo errado, se arrependendo e eu aqui, ouvindo. Nem lhes conto... Resultado: nem lembro, mas foi lá no fim.
Fiquei ansioso para participar. Já pensou? Uma largada atrás da outra, pouco tempo para me prepararem entre uma chegada e a próxima largada? Adrenalina pura. Bem, mais ou menos...
A primeira regata, com largada em contra vento, linha curta, parti por cima dos panos do Mandinga, espremido entre o lépido NEO 25 e o barco da Comissão de Regatas. Por contáveis segundos (uns 12), genoa caçada até o talo, grande no ponto, naveguei ao lado do barco do Capitão da Flotilha. Em seguida ele ganhou velocidade e me deixou somente com um gostinho de ter feito uma boa largada. Na popa a turma vinha pra cima, e maiores ou mais modernos, cruzei a linha de chegada em quarto lugar, na frente do Ulalah e do Ilusões. O Ulalah é um Delta 36, grande pra caramba, e o Ilusões é um Velamar 22, menor que eu, mas com quem eu tenho umas contas pra acertar. Ele é igualzinho ao Calufa, que o cara tinha antes de mim, e eu lembro de todas as vezes que ele gritou “saudades do Calufa” por não saber me fazer andar. Bem, a primeira eu ganhei.
Na segunda regata, largada em popa, só confusão. Ô turminha braba. Muita atrapalhação na proa. Apesar de o convés estar limpo, sem a genoa, não se acertaram com as amarras das escoltas do balão. Primeiro foi a de sotavento que soltou e depois o pau ficou pelo lado errado. O “cara” largou o leme, assumiu a proa e quando comecei a andar direito, não dava mais tempo para alcançar a flotilha e terminei num lamentável último lugar. O Ilusões em terceiro.
A terceira largada, contra-vento, larguei no meio da turma. Barcos enormes me deixavam sem a menor condição de navegar com vento limpo. Decidem dar um bordo para a direita, mas ali tinha menos vento e o rumo também não era dos melhores. Escolhas, ah, escolhas... Estes humanos... Sempre escolhendo errado, se arrependendo e eu aqui, ouvindo. Nem lhes conto... Resultado: nem lembro, mas foi lá no fim.
Esta foi uma daquelas em que cheguei por último. Mais uma foto da Kriz
A quarta regata não lembro bem, então deve ter dado tudo certo. Mas na quinta, mais uma vez em contra vento, último a largar. É que eles resolveram dar uma de pára-quedistas, só que quem estava no timão do barco que tinha a preferência resolveu não aliviar e fechou a porta: fiquei feito um otário, panejando na popa da comissão de regatas enquanto todos ganhavam velocidade em direção à linha de chegada.
A sexta foi emocionante: subiram meu balão verdinho, lindo, antes da linha e entraram grudados na bóia, com preferência. Uma largada no segundo exato, primeirão, coisa linda... Daí, de repente, pela minha direita, o Revanche, o mesmo que me empurrou pra cima da CR na largada anterior, arriba para cima de mim. Ouço os gritos de “água, água” vindo do meu convés, mas os caras do Fast 345 demoram a manobrar e o timoneiro me arribou para evitar que o barcão acertasse meu costado. Livre do enrosco, saí em popa rasa no rumo da bóia de chegada. Lá em cima, junto da CR, o Ilusões também fez uma largada perfeita e enquanto me atrapalhavam aqui em baixo, ele ganhou distância. Orcei pela popa do Fast, ainda na frente do Mandinga, barco muito rápido, do Bulimundi e do Oulalh, os dois muito grandes. De repente, sem mais nem menos, quando já estava ao lado do 22, o grandão da raia chega arribando pra cima de mim e força passagem entre nós dois, os menores. Mais uma vez o pedido de água, só que a tripulação ao lado não deu bola e eu tive que sair mais uma vez para não ser abalroado. Com isto o Ilusões abriu de novo. Faltava muito pouco para a chegada, e o timoneiro tenta uma manobra radical. Orça de verdade pela popa do Bulimundi, ganha velocidade e parte pra cima do Velamar, que tenta fechar a porta apesar de já estar em compromisso. Emocionante. A sotavento, o Jeaneau 42 com direito de orçar pra cima de mim, por barlavento sendo apertado pelo Velamar. Com mais velocidade, cruzei a proa do pequeno e cheguei grudado na bóia, juntinho do Oulalah, do Bulimindi e uns dois comprimentos de barco na frente do Ilusões. Os dois foram desclassificados pelo juiz da raia que acompanhava tudo de pertinho. Porém... regata terminada, baixar balão e... atravessada! Soltaram a escota de barlavento antes da hora e, é claro, retranca na água. Com a confusão estabelecida demoraram na preparação para a última largada.
A sexta foi emocionante: subiram meu balão verdinho, lindo, antes da linha e entraram grudados na bóia, com preferência. Uma largada no segundo exato, primeirão, coisa linda... Daí, de repente, pela minha direita, o Revanche, o mesmo que me empurrou pra cima da CR na largada anterior, arriba para cima de mim. Ouço os gritos de “água, água” vindo do meu convés, mas os caras do Fast 345 demoram a manobrar e o timoneiro me arribou para evitar que o barcão acertasse meu costado. Livre do enrosco, saí em popa rasa no rumo da bóia de chegada. Lá em cima, junto da CR, o Ilusões também fez uma largada perfeita e enquanto me atrapalhavam aqui em baixo, ele ganhou distância. Orcei pela popa do Fast, ainda na frente do Mandinga, barco muito rápido, do Bulimundi e do Oulalh, os dois muito grandes. De repente, sem mais nem menos, quando já estava ao lado do 22, o grandão da raia chega arribando pra cima de mim e força passagem entre nós dois, os menores. Mais uma vez o pedido de água, só que a tripulação ao lado não deu bola e eu tive que sair mais uma vez para não ser abalroado. Com isto o Ilusões abriu de novo. Faltava muito pouco para a chegada, e o timoneiro tenta uma manobra radical. Orça de verdade pela popa do Bulimundi, ganha velocidade e parte pra cima do Velamar, que tenta fechar a porta apesar de já estar em compromisso. Emocionante. A sotavento, o Jeaneau 42 com direito de orçar pra cima de mim, por barlavento sendo apertado pelo Velamar. Com mais velocidade, cruzei a proa do pequeno e cheguei grudado na bóia, juntinho do Oulalah, do Bulimindi e uns dois comprimentos de barco na frente do Ilusões. Os dois foram desclassificados pelo juiz da raia que acompanhava tudo de pertinho. Porém... regata terminada, baixar balão e... atravessada! Soltaram a escota de barlavento antes da hora e, é claro, retranca na água. Com a confusão estabelecida demoraram na preparação para a última largada.
Esta foi legal, fui buscar o Ilusões. A foto é da Jeni Andrade e está no Esportes do Mar
Saí pelo lado errado, junto da bóia, sem preferência, em direção ao lado direito da raia, exatamente contra todos os demais. Tive que deixá-los passar, é lógico, e não deu mais para alcançar ninguém. Para a minha sorte o Ilusões não largou. Rasgou uma vela e não teve tempo de partir, pois a juria só esperava 3 minutos antes de aplicar um DNS para os mais atrasadinhos.
No fim das contas, quinto lugar. Na tripulação, o “cara”; o Fabrício, que não perde uma regata; a Tina, que desta vez não trouxe a sorte de sua primeira regata comigo; a Gabriela, de volta a bordo, e o Eduardo, meu antigo dono.